quarta-feira, setembro 14, 2005

Ainda te consigo ver (Ao Vítor MM Costa)

Não sou nenhum Adónis! Nem sequer um Apolo… mas não serei um Hefesto…
Vivo a vida, dia a dia, hora a hora, sem procurar ser o que não sou…
Talvez te lembres de mim, talvez te lembres daquele rapaz tímido,
Que à tua passagem baixava os olhos, como se o meu olhar te pudesse corromper,
Como se o meu olhar fosse indigno de pousar na fímbria do teu vestido…
Não!
Com certeza não te lembras de mim…
Nunca existi!
Só o meu sonho ousou pousar nos teus lábios,
Cresci! Crescemos!
Nunca procurei ser o que não sou…
Nunca procurei, em mim, ver o que não vejo, só o sonho!
Encontrei-te hoje! Tens rugas… afinal és humana…
Os meus olhos, aqueles que se baixavam à tua passagem, ficaram agora altivos,
Porque se vivo, a vida é minha!
Não sou nenhum Adónis!
Nem sequer um Apolo…
Mas ainda te consigo ver!


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